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Olhos abertos: lucidez para o melhor.

 


Quando desperto, de olhos abertos à sorte, me proponho a não duvidar da minha capacidade de bem observar meus sentimentos. Mesmo ansioso, ou tomado por dores, físicas ou mental, busco um foco acalentador, que me faça o favor de enxergar um pouco da minha utilidade.

Ao levantar, a primeira providência que tomo é a tomada da decisão mais importante do dia, respirar sem a expectativa do fôlego. Depois, se tiver algo importante, tenho consciência que tudo o que vier é simplesmente experiência, não o que sou ou o que me determinam. Geralmente me entrego ao trabalho, o jeito mais humano de sentir-me útil, mas nada é de graça, nem o meu esforço nem a resposta daqueles que se esforçam por aderir o meu intento como sendo minha mais boa intenção.

Tem também os pensamentos absortos, que me absorvem as emoções e me impelem ao ímpeto que tanto evito. No fim, e em casa, muitas vezes sozinho, menos vezes acompanhado, me deleito com a sobra do que fui, e se fui, quando durmo não sou mais, pois depois, ao amanhecer me renovo como um velho que espera a morte, e que demore como ilusão de um jovem otimista.

Alexandre Fon

 


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